Semana 4 – Pré-ONHB – Mentoria Fatec Club
Na fase 4 da Pré Olimpíada Nacional de História do Brasil, a PRÉ-ONHB, nós da Mentoria Fatec.Club realizamos a atividade que mais nos tocou e que sem dúvida vai ficar guardada na nossa memória.
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Durante o andamento da Olimpíada, nós também tínhamos a terfa de escrever sobre as nossas impressões e sentimentos num diário. Era o diário da Pandemia. Falávamos sobre o nosso cotidiano e sobre as mudanças na rotina que o novo coronavirus nos impôs.
Na quarta e última semana, a atividade proposta foi uma análise de 20 diários aleatórios de diferentes participantes, idades e lugares. Foi uma experiência ímpar.
Ampliando a nossa visão de mundo, despertando o nosso senso crítico, e possibilitando uma análise estrutural da sociedade, fazendo com que fosse possivel entender melhor esse momento que estamos vivendo. Lendo relatos, de diferentes pessoas, de diferentes lugares e opiniões e maneiras incontáveis de levar a vida adiante enquanto tudo parece estar de cabeça para baixo.
Nos deparamos com pessoas que enfrentam reais dificuldades financeiras devido a paralisação das atividades e o sofrimento de quem é autônomo e depende de estar na rua para conseguir o pão de cada dia. Assim como tivemos acesso a relatos de pessoas que estão bem amparadas e utilizando muito bem esse tempo de isolamento para conectar-se consigo mesmo. E nos impressionamos com a dura realidade de quem ja enfrentava problemas diversos de autoestima, autoaceitação entre outros tantos, mas que agora, isolados tem de bater de frente com todas as angustias e pesos de ser quem são. Inclusive, num dos diários uma participante relatou a necessidade de ser atendida pelo Centro de Valorização a Vida, o CVV.
Diversas percepções acerca do cenário atual, diferentes impressões e sentimentos, que variam muito de acordo com as situações financeiras, sociais, e psicologicas de cada pessoa que dividiu sua rotina, escrevendo no diário.
Depois de analisarmos todo o material, tais quais hitoriadores, ja que a ideia era imaginar estarmos em 2050, lendo relatos de pessoas que passaram pela pandemia do coronavirus em 2020. Nos foi imcunbida a missão de fazer um resumo comentado a partir da análise das leituras.
Assim, cada participante (ou equipe) vai imaginar que encontrou em uma biblioteca, no ano de 2050 (ou seja, daqui a 3 décadas), uma coleção de “Diários da Pandemia” escritos no ano de 2020 (esperamos que existam historiadores em 2050, já que eles existem desde a Antiguidade, e esperamos que a profissão já esteja regulamentada). Cada participante vai ler esses diários e produzir um resumo comentado a partir de sua leitura.
Instrução da tarefa.
Confira na íntegra o nosso resumo comentado sobre os diários:
Nós, somos um grupo de alunos, que através de um objetivo em comum, começamos a estudar juntos para nos prepararmos para um vestibular específico do Estado de São Paulo. E assim como a maioria, tivemos nossa rotina impactada devido ao agravamento do coronavírus e suas consequências. Os encontros e aulas acontecem de maneira online, e nesse aspecto, assim como muitos, tivemos que nos adaptar a um novo estilo e formato de aprendizagem. E quando vimos, praticamente o mundo inteiro estava utilizando esse modelo de estudo. E percebemos os problemas que a falta de orientação podem causar na vida de alguém. Em um dado momento, nos foi trazido o desafio da Pré Olimpíada de História, como elemento complementar a nossa preparação para o Vestibular. Em quatro semanas foram propostas atividades excepcionais, unindo documentos históricos para análises, links para estudos, leituras complementares e questões de múltipla escolha abordando os conteúdos que nos foram apresentados. Vimos história do Brasil de uma maneira leve, didática e extremamente prazerosa. Aprendendo, pesquisando e conhecendo melhor a nossa História e unindo na base do conhecimento coletivo e aprendizagem com certeza, não só a gente, mas um vasto número de pessoas no Brasil, enquanto estamos tão apreensivos como todo este cenário caótico que estamos vivendo, cheios de incertezas, no meio de crises políticas, sanitárias e econômicas. A participação de todo grupo foi assídua e pudemos compartilhar em diversos momentos conteúdos e conhecimentos uns com os outros. Entender um pouco mais da nossa história é essencial para não cometermos erros futuros, e a pré-ONHB serviu de grande auxílio para nossa mentoria. A qualidade de todo o material foi essencial para nosso desenvolvimento nos assuntos. Toda semana, além dos materiais e atividades de múltipla escolha, tivemos também que preencher um diário, era o “diário da pandemia”, nós falamos sobre nossos sentimentos, alimentação e higiene e também sobre as nossas atividades diárias, e comentamos sobre como a pandemia do novo coronavírus nos afeta. Na última semana da Pré-ONHB na atividade final a organização teve a brilhante ideia de unir através das quatro paredes, e isolamento, o dia a dia de cada participante, onde pudemos nos enxergar, viver e nos conectar, por mais que temporariamente, à história de 20 pessoas/diários para que de uma forma ou de outra, pudéssemos contribuir um pouco, saber que aquele que teve ou ainda tem o dia aflito, compartilhado pelo menos conosco. Em nossas leituras, identificamos diversas pessoas com dificuldades em atividades que se tornam mais frequentes em períodos como este que estamos vivendo. Ensino a distância, atividades físicas em casa e tentar manter uma rotina equilibrada tem sido uma dificuldade para diversas pessoas, provavelmente pela falta de costume. Selecionamos 3 diários que mais mexeram com os sentimentos de cada um de nós. Três histórias, fome, experiência e depressão. Pudemos perceber que em meio às realidades diversas durante essa quarentena existem pessoas lidando com os nossos antigos problemas, mas agora, sozinhos. Aos 17 anos uma moça, no seu diário, descreve como as coisas estão difíceis com a diminuição da renda familiar afetada pela quarentena uma vez que seus pais são autônomos, ela relata que chegou a dormir com fome. Em contrapartida tivemos à experiência do P.R.M.[10] , um senhor, no auge dos seus 69 anos, estudante de história, que nos transmite a tranquilidade com a qual ele está passando por essa pandemia. A julgar pela idade, pode não ser à sua primeira quarentena já que viveu a época da ditadura militar. Um diário que nos preocupou, foi o da H.E.D.Y [5], que compartilhou sobre suas incertezas, inseguranças e relata a necessidade de atendimento do Centro de Valorização da Vida, CVV. Esta foi sem dúvida uma das atividades que mais nos impressionou e nos fez perceber a importância de pensar no outro. Agradecemos a participação e esperamos poder retornar em outras oportunidades.
Alifer Oliveira, Aline Vieira, Giovane Oliveira, Gregorio Queiroz
Veja como nosso texto ficou na plataforma da Olimpíada
Foi sem dúvida uma experiência incrível participar da Pré Olimpíada Nacional de Historia do Brasil, aprendemos muito!
Na próxima semana você vai ver quais foram as considerações da Pré-ONHB pelo nosso trabalho e as notas que nos foram atribuídas! Até lá!
Espero que essa tenha sido uma leitura prazerosa para você! Abraços, Aline.
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