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Desafio de Redação – Escrever uma História sem se conhecer – Grupo WhatsApp Calculadora Fatec

Em uma conversa no Grupo do WhatsApp da Calculadora Fatec, estávamos debatendo sobre os gêneros textuais possíveis para a proposta de redação do Vestibular da Fatec. No caso são o narrativo e dissertativo-argumentativo.

Para deixar evidente a facilidade e a magia que um texto narrativo se encarrega, no dia 05/07/2018, lancei um desafio aos integrantes do grupo da calculadora fatec no whatsapp. Lembrando que nosso contato é apenas pelo mensageiro, nunca nos vimos anteriormente. O desafio era produzir uma história, porém não poderia ser qualquer história.

Regras

Cada membro que se propusesse a participar do desafio, teria que desenvolver em base ao parágrafo feito pelo autor anterior a continuação da história. A ideia era usar a criatividade, todo o conteúdo foi feito de maneira livre e sem impedimentos ou restrição. A cada rodada completada, ou seja, em que todos os membros já haviam desenvolvidos o seu respectivo parágrafo, voltava para a pessoa que começou, desta maneira até finalizar a história.

Participaram deste desafio os membros e autores da história Gregorio, Priscila Cobello, Kimberlly e Rafaella Carol. Confira abaixo como ficou a história criada numa madrugada em um grupo de whatsapp.

Para início do desafio, comecei com a indicação do título e o desenvolvimento do primeiro paragráfo.


A incrível aventura do menino filho do vento

Lá pelas bandas do sertão, não chovia faziam 10 anos. Os habitantes remotos, popularizavam que ali, na cidade de Tucurivaiana, antes região prospera e cheia de Riqueza e do famoso Rio VentaEmMim, que secou devido a uma afronta de um jovem ao Senhor do Vento.

Na verdade, havia sido perdida uma aposta entre ambos. E desde então o destino daquela região foi comprometida pelo egoísmo deste coração.

Últimas das remanescentes da famosa cidade, Dona Ventonoraí, carregava a última esperança para que a cidade voltasse a seus tempos de prosperidade. Sua netinha, GRAKINPRI. Era considerada a chave para a solução daquele problema, já que por ela, alguém que sumido retornaria. O Filho do Vento.

Grakinpri, a cada dia, ia se desenvolvendo, habituou-se com aquela seca. Acreditava ser normal a terra esfarelar entre seus pequenos dedos.

A vida estava cada vez mais difícil de ser vivida na cidade, então Dona Ventonoraí, decidiu mudar-se com sua neta para as bandas do sul para uma fazenda de uns parentes distante.

Ao chegar na fazenda, aquela jovem se vê com os pés em uma terra fofa, geladinha, e então para por alguns instantes e. …..

Começa a lembrar como era o cotidiano na cidade de Tucurivaiana através das histórias que sua avó contava para dormir. Escorre lágrimas de seus olhos pela saudade que começa a bater da sua cidade materna.

Apesar da vida difícil, foi ali que ela aprendeu tudo que sabia. Então foi de onde surgiu a ideia de continuar viva a história da sua famosa cidade, compartilhando aqueles momentos inesquecíveis com seus novos amigos, os animaizinhos da fazenda.

Aquele coração humilde e alegre contagiava a todos em sua volta.

Os anos se passaram, já feita uma bela mulher, Grankinpri, teve um filho. O filho do vento. A esperança que aguardavam em Tucurivaiana, estava em seu ventre. Aquela jovem alma, era a única esperança para retomar a paz e tranquilidade na esquecida cidade do seu passado.

O amor germinou seu filho, resultado de um romance proibido. Nunca um ser humano havia tido contato com o senhor do Vento. E, coincidências a parte, o senhor do vento, era o motivo das desgraças que se estabeleceu em Tucurivaiana, distribuída de maneira forçada áquele povo sofrido do sertão.

O fruto destes amantes, foi proibido pelos Deuses, na verdade sentenciado. Haveria-se a necessidade de esquecer a sua existência, morto, desvairado, transformado a pó.

Será que este era o destino da última linhagem desta sofrida geração de Tucurivaiana?!

Grankinpri, tão imponente, forte e amorosa, não iria deixar que fosse feito qualquer mal a seu filho, lembrou-se da época em que se refugiou nas Fazendas no Sul, lá ela acreditava que os amigos, a quem confidenciou e vivenciou sua adolescência poderiam ajudá-la.

Seu filho, o Filho do Vento, foi entregue, era uma dor inimaginável para aquela mãe, mas era a única forma de deixar o fruto do seu amor, ainda VIVO. Seus amigos, ajudariam no seu plano…

Tudo começou em um fim de tarde.

Todos entram em carros e colocam chuvisco (filho de Grankinpri) no banco de trás.

Foi quando então o céu escureceu e os Deuses em fúria desciam raios que partiam até o chão. Naquela frenética fuga, o plano era levar chuvisco onde a terra era seca, ali poderia mostrar aos Deuses o quanto era importante a sua existência. Tudo estava agitado, e os Deuses já haviam decidido por um fim á tudo.

Com muito esforço fugindo da ira dos Deuses, os amigos de Grankinpri chegam a Tucurivaiana.

Uma das moças pegou chuvisco no colo e o retirou do carro…naquele momento só restava o silêncio …. então com cuidado chuvisco é colocado no chão onde seus dedinhos tocaram aquela terra seca e ….

Consequentemente o céu se abriu e começou a cair as primeiras pequenas gotas sobre aquela terra seca, aos poucos aumentando virou uma densa tempestade, passando então ao chuvisco … eis que ressurge o esquecido arco íris … ainda havia muita coisa para acontecer, a maldição sobre o casal ainda estava lançada!

MAS ….

Algo surpreendente aconteceu! Mesmo pequenino, Chuvisco começou a caminhar sobre as terras recém molhadas, e os Deuses revoltados queriam a cabeça do filho e da Grankinpri.

Em respostas as astúcias feito pelos jovens e ao Chuvisco, começaram a disparar faíscas de fogos sobre a terra, ressecando-a novamente.

A força de Chuvisco era ainda inferior ao dos Deuses, o que estava seco começou cada vez ficar pior, era praticamente impossível proteger toda aquela área.

Um homem surgiu. O homem era a parte do casal, que sentenciou a nossa querida cidade no início da nossa história, afrontando e gerando toda a dor ao Senhor do Vento, neste momento era um amargurado velhote.

O que nunca se havia imaginado, é que aquele jovem egoísta daquela época, NUNCA havia abandonado Tucurivaiana. Arrependido e triste por perder o seu amor. Isolou-se dentro do oco das rocha, deixado pelo rio VentaNeMim.

Quando o resultado da fúria dos Deuses enfim iria acertar o chuvisco, o aquele senhor, (seu nome era deserto), lançou-se no corpo do menino para protege-lo. A faísca não acertará Chuvisco, mas pegou em cheio o coração do Deserto.

Uma lágrima, talvez a primeira em toda a sua vida, escorreu de seus olhos. ENFIM A CHEGADA DO LIBERTADOR havia ocorrido. Chuvisco, aquele bravo menino. Iria seria o responsável por fazer algo incrível…

Os Deuses vendo o Deserto quase morto acalmou-se, e aguardando o que o o chuvisco iria fazer, ria.

Chuvisco foi conferir como estava o Deserto – aquele velhote que sem conhecer o protegeu, não havia mais respiração, o raio que recebido nas costas, atravessou o seu coração.

Chuvisco em lágrimsa encarando sua mãe, Grankinpri, perguntou o que seria feito. Com todas as gerações ali naquele chão, deram entre si as mãos e pedirão a compaixão dos Deuses.

Aquele tocar de mãos, fez com que a fúria dos Deuses, fossem contidas e expulsas qualquer maldade e angústias em vossos corações.

De repente voltou a chover e os Deuses desapareceram. O rio, voltou-se a ganhar vida e a transbordar.

Aquela cidade que havia sentido a punição e o glamour dos Deuses agora prosperava o respeito e a compaixão entre as pessoas.

As terras voltaram a ser férteis e as pessoas que haviam desaparecidos junto com a cidade começaram a retornar para sua querida Terra. Nunca mais se ouviu falar de Grankinpri, Deserto, Chuvisco e o Senhor do Vento.


Bastidores e Reflexão

Eaí, o que achou da nossa história? Apesar da enredo possuir suas mirabolâncias e peculiaridades, ela é uma história, muito divertida e que contempla: um cenário, personagens, história, contexto e uma conclusão.

Uma curiosidade, o nome do personagem central da nossa história,
Grankinpri, é em homenagem aos autores desta incrível história, com a inicial de cada um deles.

Será que se tivéssemos optado por desenvolvermos uma dissertação, o desafio haveria sido terminado?! Eu presumo que não!

Esta é a magia que um texto narrativo permite: o uso da criatividade de maneira intensa.

Fica como sugestão para que vocês desafiarem-se ou considerarem o uso do gênero narrativo na redação de vocês para os próximos vestibulares da Fatec.

E caso esteja procurando dicas e ferramentas para melhorar suas produções textuais, confira esta matéria disponível no blog sobre o assunto: [EXCLUSIVO] 10 Atributos Fundamentais Para Uma Redação Bem Avaliada e de Alto Impacto No Vestibular Fatec

Confira o depoimento sobre as Redações da Fatec que produzi para o pessoal do grupo.

Abraços,
Gregorio de Almeida Queiroz


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